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Acadêmicos de Medicina tem trabalho publicado na Revista de Patologia do Tocantins

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Sob a orientação da professora Lorena Dias de Monteiro, os acadêmicos Mariana do Prado Borges, Edson José de Aleluia Júnior e Luiz Pedro Fernandes Bonfim produziram em colaboração com a acadêmica da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas, Alana Lima Moreira Rodrigues, um artigo sobre os fatores associados à capacitação de agentes comunitários de saúde em Hanseníase em Palmas, Tocantins, Brasil.

A hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de caráter crônico, que ainda persiste como problema de saúde pública no Brasil. Seu agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo que afeta principalmente os nervos periféricos, olhos e pele. A doença atinge pessoas de qualquer sexo ou faixa etária, podendo apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar deformidades e incapacidades físicas, muitas vezes irreversíveis.

O Boletim Epidemiológico de Hanseníase 2020, publicado em janeiro/2020, aponta que o enfrentamento da hanseníase é prioridade para o Ministério da Saúde, sendo as principais estratégias de ação e detecção precoce de casos e o exame de contatos, com o intuito de prevenir as incapacidades físicas e favorecer a quebra da cadeia de transmissão. De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em número de casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia.

Em 2018, o Estado do Tocantins foi o estado mais hiperendêmico para hanseníase no país, com um coeficiente de detecção de 84,87 casos por mil habitantes. A capital Palmas foi a capital mais hiperendêmica para hanseníase no país, com um coeficiente de detecção geral de 271,37/100 mil habitantes.

Diante da necessidade de treinamento em serviço para o alcance de indicadores que refletissem a realidade epidemiológica em Palmas, bem como para o enfrentamento da doença e redução da prevalência oculta, os acadêmicos pesquisaram o tema e publicaram o artigo com o título “Fatores associados à capacitação de agentes comunitários de saúde em Hanseníase em Palmas, Tocantins, Brasil”.

Os estudos voltados para uma melhor compreensão dos indicadores pactuados e do comportamento da doença, por se tratar de uma área epidêmica, ainda são poucos.

No sentido de preencher essa lacuna, o artigo teve como objetivo descrever os fatores associados à capacitação de agentes comunitários de saúde para o acompanhamento de casos de hanseníase na capital do Tocantins, Brasil.